Esta é a terceira causa de morte no grupo de crianças e jovens entre os 10 e os 14 anos nos países desenvolvidos, sendo superada apenas pelos acidentes de tráfico e a leucemia linfoblástica. E 20 por cento dos menores de 14 anos sofre de depressão, ansiedade, problemas de conduta ou hiperactividade.

Isso leva os especialistas internacionais a julgarem que a saúde mental dos pré-adolescentes está a merecer muita atenção, conforme concluiu um estudo realizado pelo Observatório de Saúde da Infância e da Adolescência, de Barcelona, com base numa análise de dados sobre a situação da infância recolhidos junto de organismos como a Organização Mundial da Saúde, a União Europeia, entre outras. Foi o que revelou o jornal espanhol El País.

O estudo indica que o número de crianças que dão entrada nos hospitais em consequência de diversos transtornos a nível mental tem aumentado sensivelmente. E são cada vez mais os casos que resultam de reacção grave ao stress e de transtornos de adaptação, de transtornos depressivos e da hiperactividade.

Alterações sociais e culturais podem estar na raiz deste problema. De acordo com os responsáveis pelo estudo, ainda que a mortalidade infantil nos países desenvolvidos tenha baixado consideravelmente, cada vez mais as doenças têm uma componente sociocultural ou ambiental.

O estudo revelou ainda que sete em cada dez crianças são fumadores passivos e 27 por cento têm peso em excesso.